Prezados alunos, ex-alunos, colegas professores.
Faço aqui um convite a uma leitura rápida, seguida de reflexão e, se for o caso, um movimento simples.
Convoco-lhe a pensar nos anos em que estudou Desenho e nos ganhos que porventura tenham sido agregados à bagagem de vida que carrega consigo desde então.
O Desenho, disciplina que abarca o Desenho Geométrico e a Geometria Descritiva, tem por objetivo provocar em cada indivíduo um tipo de raciocínio que difere de todos os demais: o RACIOCÍNIO GRÁFICO. Um pensamento meramente gráfico, capaz de promover soluções lógicas em uma, duas ou três dimensões.
Esta área do conhecimento é pouquíssimo explorada no Brasil, uma vez que o Desenho não é uma disciplina obrigatória no país. No entanto, instituições de reconhecida excelência acadêmica ainda mantêm este estudo em suas grades curriculares.
Infelizmente, não são muitas as escolas que se alinham a essas fileiras.
Em tempo, a obrigatoriedade do ensino do Desenho já era defendida por Rui Barbosa no ano de 1882. Em seu célebre discurso, intitulado “O Desenho e a Arte Industrial”, estava a ideia de que a escassez de problematização gráfica em sala de aula servia de “explicação para os males sucessivos da pouca inovação tecnológica no Brasil” (Gomes, 2003).
Cento e trinta e três anos se passaram. Ainda assim, segundo o pesquisador Luiz Vidal Negreiros Gomes, as ideias contundentes de Rui Barbosa seguem como valiosa “inspiração para organização de estratégias educacionais, nas quais o ensino do desenho desempenha papel preponderante no desenvolvimento de nossa independência social, industrial e, consequentemente, do nosso país como nação”.
Se você acredita que a educação de qualidade deva ser para TODOS e que a sistematização de um estudo que contempla técnica, arte, precisão e potencial criativo possa vir a ser de fundamental importância à formação de jovens brasileiros, convido-lhe a assinar a PETIÇÃO PÚBLICA ON-LINE, A SER ENCAMINHADA AO SENADO FEDERAL, EM FAVOR DA OBRIGATORIEDADE DO ENSINO DO DESENHO NO BRASIL.
O Desenho tornar-se-ia um verdadeiro “revolucionador de ideias”.
Grato por sua atenção,
Professor Jorge Marcelo Lima.